Quanto custa manter um carro de corrida?

Ruschel Jung
By Ruschel Jung
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Lucio Winck

É fácil se encantar com a velocidade, o barulho dos motores e o glamour das pistas. Mas por trás de cada volta, o CEO Lucio Winck destaca que existe uma estrutura caríssima que pouca gente conhece. Manter um carro de corrida funcionando exige muito mais do que combustível e paixão. Os custos variam conforme a categoria, mas, em média, só o chassi e o motor podem ultrapassar os R$500 mil. 

Fora isso, é preciso levar em conta os pneus, que precisam ser trocados frequentemente, a logística para levar o carro até as provas, mecânicos especializados, engenheiros de pista e equipamentos de segurança. Em campeonatos mais profissionais, é impossível competir com baixo investimento.

E o custo não para na garagem

O time todo custa caro. Um piloto precisa de um preparador físico, fisioterapeuta e, muitas vezes, até de um psicólogo esportivo. Fora isso, há os testes de pista, simuladores e softwares para análise de desempenho, que viraram rotina nas principais competições. Conforme o CEO Lucio Winck, mesmo em categorias de base, como o kart profissional, já se gasta mais do que muitos imaginam.

Só o kart, por exemplo, pode envolver gastos mensais de R$10 mil a R$20 mil para quem compete em nível nacional. Já na Fórmula 1, o orçamento de uma única equipe chega a centenas de milhões de dólares por temporada. Isso mostra como o automobilismo é uma pirâmide onde cada degrau exige mais investimento, mas também mais visibilidade e retorno.

Lucio Winck
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Quem banca tudo isso?

A maior parte dos pilotos começa com apoio da família, especialmente nas fases iniciais. Conforme o nível sobe, entram os patrocinadores, investidores e, em alguns casos, as próprias montadoras. O CEO Lucio Winck aponta que as redes sociais têm sido uma grande aliada nessa captação: pilotos que sabem se comunicar conseguem atrair marcas interessadas em visibilidade.

Mas vale lembrar: patrocínio exige entrega. Não basta acelerar, é preciso gerar retorno, engajar público e construir imagem! O automobilismo virou também um grande palco de marketing. Quem entende isso tem mais chances de manter o carro rodando e a carreira em alta velocidade.

E na Fórmula 1, quanto custa correr?

A Fórmula 1 é o topo do topo, mas também o mais caro. Uma única unidade de motor pode custar cerca de R$15 milhões, e as equipes têm um limite de uso durante o ano. Fora isso, há gastos com aerodinâmica, desenvolvimento contínuo, salários milionários e logística global. Segundo o CEO Lucio Winck, mesmo com o teto orçamentário implantado recentemente, os valores ainda são altíssimos.

A boa notícia é que a categoria vem tentando se tornar mais sustentável e acessível, com incentivo a novos talentos, como no caso do programa de jovens pilotos da Red Bull e Ferrari. Mas o caminho até lá ainda é longo e caro. Para quem está começando no kart, é preciso ter isso em mente, mas sem perder o foco nem o sonho.

Vale a pena entrar nesse mundo?

Se a paixão for verdadeira, sim. Mas com os pés no chão. O CEO Lucio Winck alerta que muitos entram sem saber o tamanho da estrutura necessária, achando que basta talento para vencer. Não é. É preciso estratégia, disciplina e uma equipe sólida por trás.

A boa notícia é que o mercado está mais acessível em algumas frentes. Iniciativas regionais, categorias de entrada e tecnologias de simulação têm ajudado a formar novos talentos. É importante lembrar que todo piloto profissional começou como amador. O segredo é não parar nas primeiras curvas.

Autor: Ruschel Jung

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