Ciro Gomes muda versão sobre cochicho com Bolsonaro durante debate na TV

Ruschel Jung
By Ruschel Jung
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O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, mudou a versão sobre o conteúdo cochichado com o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, durante o debate exibido na TV no último fim de semana.

Primeiro, Ciro publicou uma mensagem em uma rede social afirmando que havia “reprimido” Bolsonaro por ter pedido direito de resposta sem que seu nome tivesse sido mencionado. Depois, em entrevista a um podcast, Ciro disse ter informado a Bolsonaro o nome do candidato do PTB à Presidência (leia mais abaixo).

O debate, segundo exibido na TV nestas eleições, foi promovido por um pool de veículos de imprensa formado por SBT, CNN, ‘O Estado de S.Paulo’/Rádio Eldorado, Terra, ‘Veja’ e Rádio Nova Brasil FM.

Durante o debate, enquanto a candidata Soraya Thronicke (União Brasil) dava uma resposta, a câmera focada em Ciro Gomes registrou o candidato cochichando com Bolsonaro. O fato gerou repercussão nas redes sociais.

Versões
Primeiro, em uma rede social, Ciro Gomes publicou uma mensagem na qual disse ter “reprimido” Bolsonaro por ter pedido direito de resposta sem que Soraya Thronicke houvesse mencionado o nome do presidente.

Ao conceder uma entrevista nesta segunda-feira (26) ao Flow Podcast, Ciro Gomes apresentou outra versão. Disse que Bolsonaro questionou a ele o nome de Padre Kelmon, candidato do PTB à Presidência e que também estava presente ao debate.

“Tu sabe o que foi o cochicho? Tu acha mesmo que eu vou conversar com o Bolsonaro na frente das câmeras? Percebe? O Bolsonaro me perguntou como era o nome do tal padre. Eu botei a mão aqui [na boca] para o padre não ver, porque ele estava do meu lado, e o Bolsonaro, do outro. Então, eu disse ‘Padre Pokemon’. Não, ‘Padre Kelmon’, brincadeira. Foi isso”, declarou Ciro ao apresentador do podcast.

‘Vítima’ de ‘virulenta campanha’
Durante a entrevista ao podcast, Ciro Gomes fez críticas a Lula e a Bolsonaro, assim como fez na manhã desta segunda-feira, quando se disse “vítima” de uma “virulenta campanha” que tenta fazê-lo desistir da disputa presidencial.

Ciro Gomes aparece em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, e apoiadores dele e de Lula têm defendido voto no petista para que Lula vença a disputa já no primeiro turno, o chamado “voto útil”.

Para que a disputa seja vencida no primeiro turno, o candidato mais votado precisa ter 50% dos votos válidos mais 1. Pesquisa Ipec divulgada nesta segunda, por exemplo, mostrou Lula com 52% dos votos válidos no primeiro turno.

“Estou sendo vítima de uma gigantesca e virulenta campanha, nacional e internacional, para retirada da minha candidatura. Anotem e leiam meus lábios: nada deterá minha disposição em seguir em frente […] e denunciar os corruptos, farsantes e demagogos que tentam ludibriar a fé popular com suas falsas promessas”, declarou Ciro nesta segunda.

“Minha candidatura está de pé para defender o Brasil em qualquer circunstância. E meu nome continua posto, como firme e legítima opção, para livrar nosso país de um presente covarde e de um futuro amedrontador”, acrescentou o candidato, em outro trecho do pronunciamento.

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